Thursday, May 22, 2025

Cinco assuntos: Contingenciamento é foco em relatório fiscal

Fazenda e Planejamento divulgam relatório de receitas e despesas e Fernando Haddad fala em entrevista em seguida. Nilton David reitera sinal
Bloomberg

Fazenda e Planejamento divulgam relatório de receitas e despesas e Fernando Haddad fala em entrevista em seguida. Nilton David reitera sinal do BC. Tesouro oferta prefixados. Mercado Livre faz troca na liderança e Banco do Brasil aprova pagamento de juros sobre capital próprio. Senado aprova lei que flexibiliza regras ambientais. Nos Estados Unidos, Câmara aprova projeto de lei tributária. Yields pausam alta. Veja os destaques:

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Relatório de receita e despesa

Os ministérios da Fazenda e do Planejamento divulgam, às 14:30, o relatório de receitas e despesas do 2º bimestre de 2025, seguido de entrevista às 15:00 com o ministro Fernando Haddad. A expectativa é que haja um contingenciamento e um bloqueio de gastos para assegurar o cumprimento da meta fiscal. O documento será divulgado meio à preocupação do mercado de que o governo, para elevar as chances eleitorais do presidente Lula em 2026, recorrerá a novas medidas de estímulo, com custos para as contas públicas e efeito expansionista na atividade.

David e Tesouro

"O Copom decidiu de forma unânime que a taxa permanecerá em um patamar de juro restritivo por mais tempo", disse o diretor de política monetária do BC, Nilton David, durante evento ontem após fechamento do mercado. "Estamos todos caminhando na mesma direção", afirmou. A fala do diretor ecoa comentário anterior do presidente do BC, Gabriel Galípolo, de que o juro precisa ficar restritivo prolongadamente - o que foi entendido no mercado como sinal de que o ciclo de alta dos juros se encerrou. Galípolo tem audiência hoje com representantes dos funcionários do BC e participa às 15:00 de reunião do Conselho Monetário Nacional. Os diretores Diogo Guillen e David têm audiência com representantes do Nubank. Os juros futuros ainda refletem hoje o leilão de títulos prefixados.

Fiscal nos EUA

A Câmara americana aprovou nesta manhã, por margem estreita, o projeto de lei tributária do presidente Donald Trump, que deve evitar um aumento de impostos no final do ano no país e elevar o peso da dívida. O projeto vai agora ao Senado. O rendimento dos títulos de 30 anos segue pressionado depois da alta da taxa para o maior nível desde 2023 na sessão anterior, diante da combinação dos receios fiscais com o leilão do Tesouro. O índice dólar tem alta discreta após três dias de queda e o bitcoin estende o rali recente. Os futuros de Nova York operam de lado e as bolsas europeias recuam. O petróleo cai com discussão por membros da Opep+ da possibilidade de aumento de produção e o minério de ferro cede com receios sobre os EUA e sinais de menor produção de aço na China.

Mercado Livre, BB

O Mercado Livre informou que Ariel Szarfsztejn, atual presidente de comércio, se tornará presidente e CEO em 1° de janeiro de 2026. O executivo vai substituir o cofundador da empresa, Marcos Galperin, que se tornará chairman executivo do conselho. O Mercado Livre é a empresa mais valiosa da América Latina, com valor de mercado de US$ 131,9 bilhões. As ações acumulam alta de 53% este ano. O Banco do Brasil aprovou R$ 516,31 milhões em juros sobre capital próprio. O pagamento será feito em 12 de junho, com base na posição acionária em 2 de junho.

Lei ambiental

O Senado aprovou projeto que flexibiliza regras ambientais com a introdução de novas categorias que isentariam ou facilitariam a obtenção de licenças para alguns projetos e a autorregulamentação para outros considerados de baixo risco. Segundo os parlamentares, os novos regulamentos visam equilibrar a integridade ambiental sem prejudicar o desenvolvimento econômico. Opositores argumentam que as mudanças representam enormes ameaças não apenas ao clima, mas também às pessoas, já que a medida deixa desprotegidas terras indígenas, unidades de conservação e comunidades afro-brasileiras descendentes de quilombolas. O texto, previamente aprovado pela Câmara em 2021, retorna à casa para nova análise antes de ser enviada para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O que estamos lendo
 

Itaú BBA vê alta demanda por títulos de dívida apesar dos juros

A demanda por serviços de mercado de capitais no Brasil está se mantendo firme, apesar das taxas de juros no maior nível em duas décadas, segundo o maior banco privado da América Latina.

O portfolio do Itaú BBA cresceu 15% em relação ao ano passado, chegando a quase R$ 600 bilhões, disse o CEO da instituição, Flavio Souza, em entrevista em Nova York. O setor do agronegócio se destaca, com crescimento superior a 20%.

Com a taxa básica de juros do Banco Central em 14,75%, muitas empresas brasileiras têm enfrentado condições de financiamento mais apertadas e níveis mais altos de endividamento. Ao mesmo tempo, as ações seguem descontadas, e o país está no quarto ano consecutivo de seca no mercado de ofertas públicas iniciais (IPOs).

Ainda assim, companhias brasileiras emitiram volumes recordes de debêntures no mercado local no ano passado, e Souza — cuja instituição foi a líder em emissões em 2024 — disse estar otimista de que essa força continuará em 2025.

CEO do JPMorgan vê risco de estagflação nos EUA e apoia Fed

Key Speakers At BlackRock Retirement Summit

O chefe do JPMorgan, Jamie Dimon, não descarta a possibilidade de a economia dos Estados Unidos entrar em estagflação, já que o país enfrenta enormes riscos geopolíticos, déficits e pressões de preços.

"Não concordo que estejamos em uma posição ideal", disse o CEO em uma entrevista à Bloomberg TV durante o Global China Summit do banco, em Xangai. Ele acrescentou que o Federal Reserve dos EUA está certo em esperar para ver antes de decidir sobre a política monetária.

As autoridades do Fed mantiveram as taxas de juros estáveis este ano, em meio a um cenário econômico sólido e à incerteza sobre mudanças nas políticas governamentais — como as tarifas — e seu potencial impacto na economia. Os dirigentes do banco central já disseram que veem um risco maior de enfrentar tanto inflação quanto desemprego mais altos.

Ouça mais no podcast Bloomberg Daybreak Brasil

O CEO do JPMorgan, Jamie Dimon, disse que não pode descartar a possibilidade de a economia dos Estados Unidos entrar em estagflação, já que o país enfrenta riscos geopilíticos, déficits e pressões de preços. Em entrevista à Bloomberg TV, Dimon elogiou a atitude cautelosa do Fed de esperar para ver antes de decidir sobre política monetária. O Mercado Livre anunciou uma mudança histórica na liderança. O fundador Marcos Galperin vai passar o cargo de CEO para Ariel Szarfsztejn em 2026. A repórter Clarice Couto fala sobre os impactos da suspensão de embarques de frango do Brasil. Com Patricia Xavier e produção de Beatriz Amat.

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