Itaú BBA vê alta demanda por títulos de dívida apesar dos juros A demanda por serviços de mercado de capitais no Brasil está se mantendo firme, apesar das taxas de juros no maior nível em duas décadas, segundo o maior banco privado da América Latina. O portfolio do Itaú BBA cresceu 15% em relação ao ano passado, chegando a quase R$ 600 bilhões, disse o CEO da instituição, Flavio Souza, em entrevista em Nova York. O setor do agronegócio se destaca, com crescimento superior a 20%. Com a taxa básica de juros do Banco Central em 14,75%, muitas empresas brasileiras têm enfrentado condições de financiamento mais apertadas e níveis mais altos de endividamento. Ao mesmo tempo, as ações seguem descontadas, e o país está no quarto ano consecutivo de seca no mercado de ofertas públicas iniciais (IPOs). Ainda assim, companhias brasileiras emitiram volumes recordes de debêntures no mercado local no ano passado, e Souza — cuja instituição foi a líder em emissões em 2024 — disse estar otimista de que essa força continuará em 2025. CEO do JPMorgan vê risco de estagflação nos EUA e apoia Fed O chefe do JPMorgan, Jamie Dimon, não descarta a possibilidade de a economia dos Estados Unidos entrar em estagflação, já que o país enfrenta enormes riscos geopolíticos, déficits e pressões de preços. "Não concordo que estejamos em uma posição ideal", disse o CEO em uma entrevista à Bloomberg TV durante o Global China Summit do banco, em Xangai. Ele acrescentou que o Federal Reserve dos EUA está certo em esperar para ver antes de decidir sobre a política monetária. As autoridades do Fed mantiveram as taxas de juros estáveis este ano, em meio a um cenário econômico sólido e à incerteza sobre mudanças nas políticas governamentais — como as tarifas — e seu potencial impacto na economia. Os dirigentes do banco central já disseram que veem um risco maior de enfrentar tanto inflação quanto desemprego mais altos. |